quarta-feira, 23 de março de 2011

Classe C chega a 101 milhões de brasileiros, diz pesquisa

Cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, que chegou a 101,65 milhões de pessoas e já representa 53% da população total do país (191,79 milhões). Os dados são da pesquisa Observador 2011, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public O estudo mostra que a 'nova classe média' é a maior do país, mais ampla que as classes AB e DE juntas.
Segundo a pesquisa, 25% da população estava nas classes DE (47,94 milhões) em 2010 e outros 21% nas classes AB (42,19 milhões). Em 2009, a classe C reunia 92,85 milhões de brasileiros. Já as classes DE tinham 66,88 milhões e as AB, 30,21 milhões.
Para o estudo, foram feitas 1.500 entrevistas domiciliares em 70 cidades do país entre os dias 24 e 31 de dezembro.
A pesquisa, realizada desde 2005, faz uma radiografia do comportamento do consumidor brasileiro e mostra que a pirâmide social mudou de formato, se transformando em um losango, pois a classe C é a que conta com o maior número de pessoas.
Enquanto a população cresceu 5,35% de 2005 a 2010, a classe C cresceu 62,12% e as classes AB inflaram 59,70%. Já as classes DE tiveram redução de 48,41% no período, o que corresponde a quase 45 milhões de brasileiros.
De acordo com a pesquisa, houve aumento da renda média dos brasileiros de todas as classes e regiões. Alta que se mostrou mais acentuada nas classes DE, cuja renda familiar média declarada pelos pesquisados ficou em R$ 809 - 48,44% maior do que em 2005, ano do início da pesquisa no país (R$ 545,00).
Com mais renda, os gastos médios também aumentaram em 2010. Além do aumento dos gastos com seguros, previdência privada, aluguel, vestuário e convênios médicos, em todas as regiões o gasto médio com telefone fixo foi superior ao do telefone celular.
A pesquisa indica também que o brasileiro está otimista. Cerca de 60% dos entrevistados espera mais crescimento em 2011, 53% mais consumo e 52% mais crédito. Segundo o levantamento, 79% dos pesquisados pretendem economizar mais em 2011, mas 48% também pretendem gastar mais neste ano.

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